Amigo
é quem lhe dá um pedacinho do chão, quando é de terra firme que você
precisa, ou um pedacinho do céu, se é o sonho que lhe faz falta.
Amigo é mais que ombro amigo, é mão estendida, mente aberta, coração pulsante, costas largas.
É quem tentou e fez, e não é egoísta para não querer compartilhar o que aprendeu.
É aquele que ajuda e não espera retorno, porque sabe que o ato de compartilhar um instante qualquer já o realimenta e satisfaz.
Amigo é quem entende seu sentimento porque já sentiu, ou um dia vai sentir, o mesmo que você.
Um amigo é compreensão para o seu cansaço e complemento para as suas reticências.
É aquele que entende seu desejo de voar, de sumir de vez em quando, sua sede de inovar sempre.
É ao mesmo tempo espelho que o reflete, e óleo derramado sobre suas águas agitadas.
O amigo se compadece pelos seus erros, e vibra com o seu
sucesso. É o sol que seca suas lágrimas, é a polpa que adocica ainda
mais o seu sorriso.
Amigo é aquele que toca suas feridas com mãos de veludo;
acompanha suas vitórias com euforia e faz piada para amenizar seus
problemas.
Amigo é aquele que sente medo, dor, náusea, cólica, e chora, como você. E, se pudesse, sofreria no seu lugar.
Um amigo sabe que viver é ter história para contar.
É quem sorri para você sem motivo aparente, sofre com seu sofrimento, e é o padrinho natural dos seus filhos.
É aquele que encontra para você aquilo que nem você sabia que buscava.
Amigo é quem lhe envia cartas, esperadas ou não, pequenos bilhetes em sala de aula, mensagens eletrônicas emocionadas.
É aquele que lhe ouve ao telefone mesmo quando a ligação parece
caótica, com o mesmo prazer e atenção que teria se estivesse olhando em
seus olhos.
Amigo é aquele que entende o que seus olhos dizem, sem precisar de palavras.
É aquele que adivinha seus desejos, seus disfarces, suas alegrias, e percebe seus medos.
Amigo é quem aguarda pacientemente que surja aquele brilho no
seu olhar e se entusiasma quando o vê surgir. É quem tem sempre uma
palavra sob medida quando seus olhos se cobrem de lágrimas. E é também
aquele que sabe quando você está lutando para sufocá-las na garganta.
Amigo é como lua nova, é como a estrela mais brilhante, é luz
que se renova a cada instante, com múltiplas e inesperadas cores, que
cabem todas na sua íris.
Amigo é verdade e razão, sonho e sentimento...
Amigo é aquele que lhe diz: "eu amo você" sem qualquer medo de má interpretação.
Enfim, amigo é quem ama você e ponto final.
***
As doações de amizade pura enriquecem os companheiros de jornada.
Quando outras emoções se enfraquecem no vaivém dos choques, a amizade perdura, companheira devotada das pessoas que se estimam.
Ter amizade é ter coração que ama e esclarece, que compreende e perdoa, nas horas mais amargas da vida.
Por tudo isso, estendamos os benditos recursos da amizade real
onde a discórdia tenta espalhar o escuro domínio que lhe é próprio.
A estória de Pandora,
"aquela que possui todos os dons"
O nome "Pandora" possui vários significados: panta dôra, a
que possui todos os dons, ou pantôn dôra, a que é o dom de todos (dos
deuses).
A razão da presença da Esperança com os males deve ser procurada através de
uma tradução mais acurada do texto grego. A palavra em grego é ἐλπίς/elpís, que é definida
como a espera de alguma coisa; pode ser traduzida como esperança, mas essa
tradução seguramente é arbitrária. Uma tradução melhor poderia ser
"antecipação", ou até o temor irracional. Graças ao fechamento por
Pandora da jarra no momento certo, os homens sofreriam somente dos males, mas
não o conhecimento antecipado deles, o que provavelmente seria pior.
Eles não viveriam o temor perpétuo dos males por vir, tornando suas vidas
possíveis. Prometeu se felicita assim de ter livrado os homens da obsessão com
a própria morte. Uma outra interpretação ainda sugere que este último mal é o
de conhecer a hora de sua própria morte e a depressão que se seguiria por
faltar a esperança.
Zeus enviou Pandora como
presente a Epimeteu cujo nome significa ("aquele que pensa depois" ou
"o que reflete tardiamente"). Epimeteu havia sido avisado por
Prometeu para não aceitar nenhum presente dos deuses, mas, encantado com
Pandora, desconsidera as recomendações do irmão. Pandora chega trazendo em suas
mãos um grande vaso (pithos = jarro) fechado que trouxera do Olimpo como
presente de casamento ao marido. Pandora abre-o diante dele e de dentro, como
nuvem negra, escapam todas as maldições e pragas que assolam todo o planeta.
Desgraças que até hoje atormentam a humanidade. Pandora ainda tenta fechar a
ânfora divina, mas era tarde demais: ela estava vazia, com a exceção da
"esperança", que permaneceu presa junto à borda da caixa. A única
forma do homem para não sucumbir às dores e aos sofrimentos da vida. Assim,
essa narração mítica explica a origem do males, trazidos com a perspicácia e
astúcia “daquela que possui todos os dons”.
Pandora por não ter nascido
como uma deusa é conhecida como uma semideusa. Dizem que foi por ambição que
ela abriu a caixa. Ela queria se tornar uma deusa do Olimpo e esposa de Zeus.
Por isso, Zeus para castiga-la tirou-lhe a vida. Mas, Hades com interesse nas
ambições de Pandora, procurou as parcas (dominadoras do tempo) e lhes pediu
para que voltassem o tempo. Sem permissão de Zeus elas nada puderam fazer. Hades
convenceu o irmão a ressuscitar Pandora. Devido aos argumentos do irmão, Zeus a
ressuscitou dando-lhe a divindade que ela sempre desejara. Foi assim que
Pandora tornou-se a deusa da ressurreição. Para um espírito ressuscitar Pandora
entrega-lhe uma tarefa, se o espírito cumprir a devida tarefa, ele é
ressuscitado. Pandora com ódio de Zeus por ele ter a tornado uma deusa sem
importância, entrega aos espíritos somente tarefas impossíveis. Assim nenhum
espírito até hoje conseguiu e nem conseguirá ressuscitar.
Deste mito ficou a
expressão caixa de Pandora, que se usa em sentido figurado quando se quer dizer
que alguma coisa, sob uma aparente inocência ou beleza, é na verdade uma fonte
de calamidades. Abrir a Caixa de Pandora significa que uma ação pequena e
bem-intencionada pode liberar uma avalanche de repercussões negativas. Há ainda
um detalhe intrigante que poderíamos levantar do porque a esperança estava
guardada na caixa entre todos os males. Dependendo da perspectiva em que
olharmos os pares de opostos, a esperança pode também ter uma conotação
negativa por ela pode minar as nossas ações nos fazendo aceitar coisas que
deveríamos confrontar.
No mito de Prometeu e de
Pandora, a mulher aparece como um "presente" dado aos homens.
Semelhante às deusas ela foi moldada em suas feições recebendo ainda todos os
dons divinos. E foi Hermes quem lhe pôs no coração a perfídia e os discursos
enganosos, além da curiosidade. Desde então, a mulher é considerada a origem de
todos os tormentos do homem. Tanto na tradição Grega quanto na Judaico-Cristã
há uma tentativa de transgressão dos limites humanos e é a entidade feminina
quem impulsiona o homem para tal ação. Na narrativa dos Hebreus a tomada de
consciência era oferecida ao homem por Eva. No mito Grego, houve primeiro uma
simulação frustada pela brincadeira de Prometeu ao tentar testar o poder
e a clarividência dos Deuses. Depois o próprio Prometeu traz o fogo como
presente mas os homens embevecido com a nova condição, se julgam iguais aos
deuses e provocam uma situação de serem punidos novamente. Aí chega Pandora que
ao abrir a caixa derrama sobre a terra todas as desgraças. E a conseqüência é a
perda do paraíso. Mas também se não fossemos expulsos, não cresceríamos. Ainda
hoje, a visão que se tem da mulher costuma ser permeada da influência desses
dois mitos. Há quem a veja como uma bênção de Deus e daria tudo para ter a sua
companhia. Há, por outro lado, quem pense diferente.
A Caixa de Pandora
A mulher não fora ainda criada. A versão (bem absurda) é que Júpiter a fez e
enviou-a a Prometeu e seu irmão, para puni-los pela ousadia de furtar o fogo do
céu, e ao homem, por tê-lo aceito. A primeira mulher chamava-se Pandora. Foi
feita no céu, e cada um dos deuses contribuiu com alguma coisa para
aperfeiçoá-la. Vênus
deu-lhe a beleza, Mercúrio
a persuasão, Apolo
a música, etc. Assim dotada, a mulher foi mandada à terra e oferecida a
Epimeteu, que de boa vontade a aceitou, embora advertido pelo irmão para ter
cuidado com Júpiter e seus presentes. Epimeteu tinha em sua casa uma caixa, na
qual guardava certos artigos malignos, de que não se utilizara, ao preparar o
homem para sua nova morada. Pandora foi tomada por intensa curiosidade de saber
o que continha aquela caixa, e, certo dia, destampou-a para olhar. Assim,
escapou e se espalhou por toda a parte uma multidão de pragas que atingiram o
desgraçado homem, tais como a gota, o reumatismo e a cólica para o corpo, e a
inveja, o despeito e a vingança para o espírito. Pandora apressou-se em colocar
a tampa na caixa, mas, infelizmente, escapara todo o conteúdo da mesma, com
exceção de uma única coisa, que ficara no fundo, e que era a esperança. Assim,
sejam quais forem os males que nos ameacem, a esperança não nos deixa
inteiramente; e, enquanto a tivermos nenhum mal nos torna inteiramente
desgraçados.
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...
Texto extraído do livro "Nova Antologia Poética", Editora
Globo - São Paulo, 1998, pág. 118.
Não te amo, quero-te: o amar vem d'alma. E eu n'alma --- tenho a calma, A calma --- do jazigo. Ai! não te amo, não. Não te amo, quero-te: o amor é vida. E a vida --- nem sentida A trago eu já comigo. Ai, não te amo, não! Ai! não te amo, não; e só te quero De um querer bruto e fero Que o sangue me devora, Não chega ao coração. Não te amo. És bela; e eu não te amo, ó bela. Quem ama a aziaga estrela Que lhe luz na má hora Da sua perdição? E quero-te, e não te amo, que é forçado, De mau feitiço azado Este indigno furor. Mas oh! não te amo, não. E infame sou, porque te quero; e tanto Que de mim tenho espanto, De ti medo e terror... Mas amar!... não te amo, não.
Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança. Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas. Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la… E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam… Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa… por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo… mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve. Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão… e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens… Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém… Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar… que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.
Ponte para Terabítia conta a história de Jesse Aarons, um garoto do interior dos EUA muito tímido e solitário, meio rejeitado pelo pai e o único garoto de uma família pobre de cinco filhos. May Belle, sua segunda irmã mais nova, parece ser a única pessoa que gosta dele.
Leslie Burke era uma garota bem moderna e filha única de escritores, aos quais era muito ligada. Ela antes morava na cidade grande, mas se mudou para o campo e acabou vizinha de Jess. Leslie nunca assistiu televisão na vida, pois seus pais acham que faz mal para o cérebro.
Jess e Leslie se tornam amigos muito próximos, embora Jess não tenha gostado muito dela no começo (principalmente porque ela o venceu numa corrida). Essa amizade se formou por causa do fato de viverem bem próximos, e também o fato de eles serem perseguidos pelos valentões da escola, Janice Avery e Gary Fulcher, por serem considerados 'esquisitos'.
Leslie tinha uma imaginação muito fértil, e Jess, uma grande paixão secreta por desenho. Com essa duas coisas, acabam criando Terabítia, uma terra apenas para eles dois, em que eles se nomeam rei e rainha, num bosque próximo da casa deles. Para chegar lá, eles atravessam um pequeno riacho numa corda bem grossa, pendurada numa árvore às margens do riacho. No Natal, Jess dá para Leslie um cãozinho, a que ela dá o nome de Príncipe Terrian (ou P.T.), para ajudá-los a lutar contra os "monstros", que querem roubar Terabítia deles.
Jess tem uma paixão platônica por sua professora de música, Miss Edmunds, que adora os desenhos que o garoto faz. Um dia ela o leva para um museu (ele nunca tinha estado em um antes), mas o desenhista não quis convidar Leslie, que resolve ir a Terabítia sozinha. Quando chega em casa, Jess descobre que sua única e melhor amiga tinha morrido afogada ao atravessar o riacho, pois a corda arrebentou e ela caiu nele - naquela época o riacho estava com as águas muito altas - desmaiando e se afogando ao bater com a cabeça em uma das pedras.
Jess decide ir a Terabítia sozinho com P.T. para fazer uma cerimônia em memória da garota. Mas o garoto ouve um barulho e descobre que foi seguido por May Belle. A garotinha queria apenas ajudar o irmão, mas ele, ainda extremamente abalado com a morte da amiga, fica irritado e grita muito grosseiramente com ela, que fica muito triste.
Os pais de Leslie resolvem se mudar, levando P.T., mas deixando os livros de Leslie e um pouco de madeira para Jess. Ele então com a madeira constrói uma ponte sobre o riacho, para que ninguém mais se acidente, e tenta se reconciliar com May Belle, coroando-a princesa de Terabítia.
Este livro tenta passar ao adulto a sensação de imaginar algo totalmente diferente do que vivemos sem esquecer o mundo real. A morte da garota foi o grande motivo para fazer o garoto crescer na vida real, fez com que se aproximasse do pai, e amar a sua irmã mais nova, a ponto de lhe ensinar tudo o que a garota que ele gostava ensinou com a sua mente aberta.
Hoje são 03/01/2012 encontro-me empregada com salário fixo, as vezes radiante e na maioria da vezes triste por não saber o que virá adiante. 2011 foi ótimo! Mas preciso crescer metalmente falando. Posso dizer que 2012 acaba de começar muito bem, somente por saber que existem pessoas que ainda me ligam pra dizer o quanto sentem minha ausência. Não querendo nada em troca, um recado, um favor, nada....só ouvir minha voz e engrandecer minha alma. Há pessoas no mundo que ainda valem a pena. Mas...querer não é poder... Supero cada dia na esperança de dias melhores...sempre!